Nisto o
xondaro, o guerreiro deve empenhar toda a diligência: que em todo lugar, ação
ou ocupação exterior, esteja interiormente livre e senhor de si mesmo,
dominando todas as coisas, a nenhuma sujeito.
Cumpre que o
guerreiro seja livre, que chegue à condição de liberdade dos filhos e filhas de
Ñanderu Papa Tenonde e de Ñandexy Ete. Esses não se deixam atrair e prender
pelas coisas temporais, mas servem-se delas conforme o fim para que foram
ordenadas por Ñamandu, que nada deixa sem ordem.
Para cumprir
a ordem de Ñamandu, em qualquer acontecimento, o guerreiro entra no Opy, a casa
de reza, consulta o Tata Porã, o fogo sagrado, fuma o petym, toma o ka’ayu,
ouve a divina resposta e é instruído a respeito de muitas coisas presentes e
futuras. Dessa mesma maneira, o guerreiro se refugia no mais recôndito do seu coração,
para, com mais instância, acender em si, o fogo do divino auxilio.
Recordando que Ñamandu é: o escudo, a
seta, a liberdade. E, que sem essa arma, o guerreiro é, apenas, pó.